17 de abr. de 2012


E contemplávamos os milenários vulcões
   O suor e as palavras enchiam o campo de claridade  Uma grinalda de espuma beijava a aurífera areia…Esta é a ilha, remota no seu tempo de tambores e grilhetas…
Avançamos pela estrada construindo mundos, alguns
Secando pelo caminho, outros encontrados na luz doAmor…Algeroz que pinga água na esperança dos rostosA terra em fogo, sedento do sémen que é semente e frutoO arcaico tempo que para no meio-dia das insolações
Homens e as suas navalhas degolando caprinos, festas Júnias
Bandeiras desfraldadas no algodão do olímpico azul
Fontes de água, o movimento perpétuo das noras
A eterna sede cantada pelo timbre de cavaquinhos
A abóbada plena de estrelas, universo milenárioDez penedos, este oceano imenso
 

  

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