Nanao Sakaki - 1/1/ 1923 - 23/ 12/ 2008
Nanao Sakaki o poeta da natureza, nómada que viajou pelo mundo e faleceu no topo de uma montanha no Japão quando saiu da cabana onde se encontrava com amigos... Foi fazer um mijo, morreu vendo as estrelas com a bela idade de 85 anos. Eis um belo poema de amor de Nanao...
Num círculo de um metro
Senta-te, reza e canta
Num abrigo de dez metros
Dorme bem, a chuva embala-te
Num campo de cem metros
Faz crescer o arroz e cabras
Num vale de mil metros, apanha lenha, água,
Legumes selvagens e ametistas
Numa floresta de dez quilómetros, brinca com os ratos, os falcões
As serpentes venenosas e as borboletas
Shinano, lugar montanhoso, cem quilómetros
Parece que lá se vive sem pressas
Num círculo de dez mil quilómetros
No verão vai ver o recife de coral do Sul
Ou no inverno o gelo flutuante do mar de Okhotsk
Num circulo de cem quilómetros
Nada no mar das estrelas cadentes
Num circulo de um milhão de quilómetros
Sobre as flores de mostarda amarela que resplandecem
A Lua a Este o Sol a Oeste
Num circulo de dez milhões de quilómetros
Projecta-te para longe do mandala do sistema solar
Num circulo de dez mil anos-luz
A galáxia é plena das florações da Primavera
Num circulo de um milhão de anos-luz
Andrómeda dissolve-se em ramos de flores de cerejeira
Agora, num circulo de dez mil milhões de anos-luz
Toda a ideia do tempo e do espaço consumida
De novo senta-te reza e canta
Senta-te reza e canta
Nanao Sakaki
Carta de amor
(traduzido de Francês por VM)
Senta-te, reza e canta
Num abrigo de dez metros
Dorme bem, a chuva embala-te
Num campo de cem metros
Faz crescer o arroz e cabras
Num vale de mil metros, apanha lenha, água,
Legumes selvagens e ametistas
Numa floresta de dez quilómetros, brinca com os ratos, os falcões
As serpentes venenosas e as borboletas
Shinano, lugar montanhoso, cem quilómetros
Parece que lá se vive sem pressas
Num círculo de dez mil quilómetros
No verão vai ver o recife de coral do Sul
Ou no inverno o gelo flutuante do mar de Okhotsk
Num circulo de cem quilómetros
Nada no mar das estrelas cadentes
Num circulo de um milhão de quilómetros
Sobre as flores de mostarda amarela que resplandecem
A Lua a Este o Sol a Oeste
Num circulo de dez milhões de quilómetros
Projecta-te para longe do mandala do sistema solar
Num circulo de dez mil anos-luz
A galáxia é plena das florações da Primavera
Num circulo de um milhão de anos-luz
Andrómeda dissolve-se em ramos de flores de cerejeira
Agora, num circulo de dez mil milhões de anos-luz
Toda a ideia do tempo e do espaço consumida
De novo senta-te reza e canta
Senta-te reza e canta
Nanao Sakaki
Carta de amor
(traduzido de Francês por VM)
3 comentários:
Maravilloso poema,pena que el se diluia en el firmamento,(pena o maravilla),mientras yo festejaba,en medio de una isla perdida no océano,mis 44 años.
anonimo se llama omar camilo jajaja
Bueno Mocosso com 44 añitos ya tienes edad para tener todas las tazas nel armario.
Um abrazo.
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