Como Derviches sem equilíbrio
Vão bailando na miséria do Mundo
Saturno louco come seu filho
Num quadro negro de Goia
Meninas de batom-rouge,
Caninos de conde morcego
Putas no paraíso… sufocassem
Nos mercados do paraíso
As trinta moedas de Judas
Passando de mão em mão
Na terra dos trogloditas
Gravatas, fantasmas e crimes,
Tarântulas em teias de malvadez
Poetas enclausurados
Caixa de loucura
Vozes morrendo
Silêncio da lua ferida! …
Oh hienas adornados com flores! …
Escória de retórica imunda,
Navalha degoladora de crianças…
Girai!... Girai em vossas naves de
Gloria efémera…
Amanhã nasce de novo o Sol
Sete palmos de terra vossos palácios...
Montes de ossos em silencio, flautas
Olvidadas no deserto da memoria
Cloacas Pestilentas
Lagos de fermentação putrefacta
Vossa imortalidade pretendida!...
MAS EM VÃO….
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