4 de set. de 2011

QUE NOITE LONGA É A SAUDADE

Brisa que entra no quarto
Nesta tórrida noite,
Mágico o seu sopro
Minhas costas suadas,
Tuas mãos de plumas
Tanta leveza,
Que noite longa é a
Saudade! …

A ilha pulsa nas suas
Nocturnas mornas
Escrevo até rasgar o papel
Um milhão de vezes
Teu nome
Ventos e marés
Carregando para a praia
Do teu corpo
O fogo do meu desesperado
Querer-te

Abro incontáveis portas
Abro a tua flor
Desnudo-te no jardim das
Mariposas
Lírios de branco jade
Teu sorriso de finas pérolas

Nesta triste noite
Sem brilho
Nesta triste
Triste noite
Triste como a
Montanha onde os
Pássaros não cantam
Espero!

Porque, quando chegares,
A noite será de astro
Copa de cristal
De fresco orvalho
Molhando nossos lábios
De infinitos beijos.




Um comentário:

Anônimo disse...

Companheiro, gostei muito do poema, mas adorei o título. é já em si poema de um verso só. Magnífico. Ob e Abç
ZC