22 de mai. de 2011

POEMA NOCTURNO



Eis o momento do galo e da sombra
Que lentamente propaga
No silencio da casa

O fósforo a vela e a chama… sua luz
Gizando geometrias mágicas
Nas pálpebras dos meus olhos cansados

Rendas touros barcos peixes e insectos
Flutuam na diáfana cal do quarto

Minha janela no universo aberto
Saia de luz
Vestindo a lua com argentinas estrelas

Noite única neste mundo e
A cada instante
Morre o meu corpo
Neste relógio cósmico
Que nunca para.

2 comentários:

João A. Quadrado disse...

[do grande coração onírico do poema, solta-se a mão, feita, acontecida luz do dia]

um abraço,

Leonardo B.

Tchale Figueira disse...

Um abraço Leonardo.