6 de mar. de 2011

AO POETA NOCTURNO

Macaco Gramático:

Mono com coroa apagada de pirilampos
Recita poesia num charco de sapos;

Narciso atolado na lama
Dom Quixote sem fantasia
Risca gatafunhos na sua
Bêbada psicose;

Tem síndrome de Ezra Pound;
Mija tinta no micro cosmo absurdo,
Da sua aldeia nostálgica;


Macaco gramático vaidoso,
Lê em voz alta poesia
A uma vara de porcos
Surdos de espírito, cegos de luz;

Académico vaidoso, num
Panteão de ossos.


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