18 de fev. de 2012

TEMPO

Oculto na alma

em palavras

inexplicáveis

o vinho que acaricia

a dor mas não

afasta a melancolia

este tempo de estarmos

quase ou sempre sós …

igual a lua solitária

todo o verbo

finaliza no imenso

oceano do olvido
a morte que bate na janela

cortina silenciosa

coreografia encenada

pelo vento

minha respiração

inquietante os lagos

mera sombra da tranquilidade

o vivo que o mundo

já não canta

casa ardendo

o imaginário

e mais o segundo eterno

do momento

e, quando caírem folhas

no frio do meu tumulo

por um segundo

algures

a felicidade aquecendo

um amor de um dia.

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