24 de ago. de 2011

AS 4 ESTAÇÕES

AS 4 ESTAÇÕES

Como um barco embebido em salitre
Repouso na praia do tempo que passa
Estações do ano, constante mutação
Rugas esparsas, mapa do corpo
Porto de saudades, oh terna memória
Chama delicada consumindo no vento,
Eis a noite fria da eternidade…

Árvore que curva no árido do mundo
Deserto sem estrelas…
Rendo-me perante esta nocturna tristeza
Neste iluminado céu de astros
Flutuando…

A Primavera florindo é um relâmpago
Voz de crianças, poética ternura
Passos perdidos, Verão de mulheres,
Quente seus sexos, embriagado morremos,
Amor eterno, no real fugaz …

Outono é meditação
Água clara na íngreme montanha
Curto é o seu mar, horizonte nostálgico

Logo tomba o inverno nos dias do Mundo
Velho corcel, enfraquecido corpo
A neve do destino cai nas necrópoles
Olvidados túmulos e a lua que passa.



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