Nasci em 53 na rua António de Nolli no bairro do lombo, Cesária morava rua atrás, na Augusto Ferro. Na minha lembrança bem longe, lembro-me de tê-la visto, pela primeira vez a cantar, no Bar de Nhô António Patrício, bar que ficava numa rua de terra batida do famoso bairro, perto da casa do Senhor Anacleto Cabral.
Talvez, eu tinha 7 ou 8 anos e, nas minhas escapadelas, para aquele sítio interdito, encostado na porta do botequim, escutei Cesária a cantar a solo, sem violões, nem cavaquinhos, ficou para sempre na minha memória a voz daquela, que viria a ser, depois, de atravessar, tempestades, e sobreviver naufrágios nesta vida, a maior cantora deste Mindelo; deste Cabo-verde, minha amiga, nossa Diva, que, em seus braços, transportou estas ilhas, com Arte, a todos os cantos do Mundo…
Depois de 15 longos anos, vividos na Europa, regressei ao meu Mindelo em 1985, reencontrei Cesária, nas noites do Piano Bar, do Chico Serra, sítio, onde esporadicamente ela cantava… Eram tempos das vacas magras!!!… Eu, um pintor que poucos apreciavam, ( tudo tem seu tempo e tudo passa) Cise, no desenrasca, cantando, por tuta e meia, sempre acompanhada das compinchas: Fantcha, sua amiga e discípula que Cise iluminou na arte de cantar, Mari Bebe, Piroco, e outros, gente humilde, deste Mindelo dos artistas, dos boémios, dos violões que riem, dos violões das partidas, das riolas, das sátiras…
Mas, hoje, choram, todos violões das ilhas! Choram com Sodade, a nossa Cesária que vai!... Mas, fica na memória colectiva, daqueles que por aqui, vão ficando… Ela deixa-nos, esta enorme riqueza, que é a nossa música nossa Cultura, porque, um povo sem memória é um povo sem passado, sem presente nem futuro.
Ficamos todos órfãos, ficam órfãos, todos os pobres do Mindelo!... Cesária, apesar da fama que mundialmente conheceu, nunca esqueceu das suas origens, foi uma mulher de uma generosidade sem igual, com casa aberta, a ricos e pobres, acolhendo a todos, com a mesma afabilidade.
Ei CISE!!!!!!!!!! Eu vou chorar-te, vou levar-te no dezoito dois oito, e depois: BA TRÁ, BOCA DE MORTE!
Talvez, eu tinha 7 ou 8 anos e, nas minhas escapadelas, para aquele sítio interdito, encostado na porta do botequim, escutei Cesária a cantar a solo, sem violões, nem cavaquinhos, ficou para sempre na minha memória a voz daquela, que viria a ser, depois, de atravessar, tempestades, e sobreviver naufrágios nesta vida, a maior cantora deste Mindelo; deste Cabo-verde, minha amiga, nossa Diva, que, em seus braços, transportou estas ilhas, com Arte, a todos os cantos do Mundo…
Depois de 15 longos anos, vividos na Europa, regressei ao meu Mindelo em 1985, reencontrei Cesária, nas noites do Piano Bar, do Chico Serra, sítio, onde esporadicamente ela cantava… Eram tempos das vacas magras!!!… Eu, um pintor que poucos apreciavam, ( tudo tem seu tempo e tudo passa) Cise, no desenrasca, cantando, por tuta e meia, sempre acompanhada das compinchas: Fantcha, sua amiga e discípula que Cise iluminou na arte de cantar, Mari Bebe, Piroco, e outros, gente humilde, deste Mindelo dos artistas, dos boémios, dos violões que riem, dos violões das partidas, das riolas, das sátiras…
Mas, hoje, choram, todos violões das ilhas! Choram com Sodade, a nossa Cesária que vai!... Mas, fica na memória colectiva, daqueles que por aqui, vão ficando… Ela deixa-nos, esta enorme riqueza, que é a nossa música nossa Cultura, porque, um povo sem memória é um povo sem passado, sem presente nem futuro.
Ficamos todos órfãos, ficam órfãos, todos os pobres do Mindelo!... Cesária, apesar da fama que mundialmente conheceu, nunca esqueceu das suas origens, foi uma mulher de uma generosidade sem igual, com casa aberta, a ricos e pobres, acolhendo a todos, com a mesma afabilidade.
Ei CISE!!!!!!!!!! Eu vou chorar-te, vou levar-te no dezoito dois oito, e depois: BA TRÁ, BOCA DE MORTE!
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