16 de jun. de 2011

O EFÉMERO DA VIDA

A fuligem encalhada na tristeza murcha da rosa
Rugas do tempo espalhando seu amargo sabor
Lanternas do mundo apagando 1 a 1
Vida de festejos despedindo com lágrimas
Flor efémera que desaba no poente da morte…

Alegria raiva ódio cólera fantasmas…
Terminado a viagem é o vazio
Universo sem luz ludibriada imortalidade

Oh Vida!...Rio onde nunca banhamos duas vezes…

Água que estagna no ocaso do ser
Templo em ruína
Pássaro tombando
Ultimo voo…

Inverno perene
Neve silenciosa
Agasalhando túmulos que o tempo
Borra na memória dos homens.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu costumo comparar os poetas a seres duplos em que o artista inv isivel se serve do seu clone físico para existir aos olhos alheios...Este poema é exemplo dos arrufos constantes entre um e outro: aqui, o poeta nega o homem que, prisioneiro de todos os medos se serve do seu clone para um exorcismo fingido ou não fosse o poeta isso mesmo: um fingidor!