16 de fev. de 2011

REI AFRICANO


Rei Africano

Poente fogo, lança inerte… gasto caçador,
Usa relógio, meridiano sem luz
Berloques do norte, “plástic is fantastik”
Falamos de leões,
Dente de felinos, seus troféus remotos.

Minguada lua, mirradas mulheres
Tambor fraco, dor nas estrelas
Vírus violentos, consumidos olhos,
Cada segundo, a morte almoça…

Velho africano usa calções,
Perdeu o salto, não beija o sol
Casa de lata, sonho apagado
Na cidade grande, porteiro nocturno…

De uma limusina, sai um fantasma,
Rei africano, abre-lhe a porta,
Faz-lhe uma vénia, palmas abertas
Jaguar ferido, orgulho secando…

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