29 de nov. de 2010

Agarro a aurora


Este enxame de verbos tácitos
Cresce um rio de ameaças em mim,
Meia-noite cai, silêncio de morte
Setas agudas de insectos nocturnos

O dia dorme seu amanhã fixo…
O caminho terrestre arde em meus pés
Lava ardendo, fogo que queima…


A sombra nocturna cambia meu corpo.
Pernas tremendo, noite azeviche
Respiro forte, barco sulcando
Ilusão do mundo, relâmpago caindo…

Caindo com as folhas, as minhas demandas,
De mãos com a morte, agarro a aurora.


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