23 de mar. de 2010

Grito de revolta do Poeta


Basta ya!

Para que o silencio de alguns

não se torne regra de muitos,

nem lei para todos.

Serei de novo, como um dia fui,

choro de mães na Plaza de Mayo,

lado a lado serei, com Luisa Tamayo,

a irada multidão que pelas rua flui.

Serei de novo, como um dia fui,

Dama de Blanco em La Habana

Gritando ao silencio onde afinal rui

Olvidados sonhos da nação cubana.

Esquecido e sem amparo, morreu Zapata

No silêncio da palavra livre tornada ingrata

Murió solo, lejos de los suyos en Camagüey.

Diz-me Che, a Luisa, mãe e Pietá, o que direi

Se a ‘Primavera Negra’ de Março ainda mata,

Na Cuba que, como Orlando Zapata,

tanto amei.

Alex (Zé Cunha) 21-03-2010
21 de março de 2010 12:57

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