Depois de rever o clássico de Fritz Lang: Metrópolis…
Lembrei-me de uma cena que me contaram, passada em Paris, com a Hermínia, a nossa cantora, quando foi pela primeira vez, gravar um CD na capital francesa…
Uma encarregada de produção ficou de acompanha-la até o estúdio de gravação, foi busca-la no hotel, a hora combinada…
Hermínia deslumbrada com o movimento infernal da cidade, olha atónita para todos os lados, parar nos semáforos sempre agarrada a acompanhante, faz comentários sobre o modo de vida dos parisienses trocando palavras com a senhora, que fala português…
Na boca do metro, começam a descer para o subterrâneo, Hermínia dá um grito!... A acompanhante assustada pergunta a cantora se está sentindo mal…Hermínia apavorada, responde: Debaixo do chão não entro nem pau! Ali, é para mortos e ratos… naquela coisa ali, nunca!!!!!!
Tiveram que atravessar Paris num Táxi, que custou um balúrdio.
Imagino aqueles indivíduos que vivem em cidades gigantes como São Paulo ou Nova Iorque, que, de segunda a sexta vive hipnotizado, pelo seu relógio despertador…
Que vive a dois passos da boca do metro que numa balbúrdia infernal tem que por na fila para comprar o bilhete todas as manhãs, que desce na paragem, o mais perto possível do seu trabalho, que trabalha numa cave escura, e, ao meio dia, como não tem tempo para regressar a casa, come num quiosque a horrorosa comida Junk… À noite, regressa a casa, para dormir.
Sábado tem direito a dormir mais um bocado, curtir a ressaca depois de ter enchido a cara na sexta a noite… exorcizar o seu trabalho de toupeira, cinco dias na semana… Sábado levanta, vai a escuridão de um cinema curtir um filme porno, engata uma puta ou um gajo; no domingo, fica em casa vendo televisão, olhando com raiva para o relógio despertador, na cabeceira da cama…
Estes pobres indivíduos, vivem anos sem fim no mesmo prédio, nunca convivem com os seus vizinhos… esquecem por completo, que a natureza existe, que ela é, a balança do nosso equilíbrio, mental e espiritual…
Compreendo perfeitamente a nossa Hermínia que sempre viveu aqui na ilha numa bela casa numa colina, entre as acácias do golfe de São Vicente… vê monte Cara todos os dias, a baía do Porto Grande, Santo Antão do outro lado… e, à noite, as estrelas brilhando no céu…
É legítimo ela recusar, entrar num sombrio metro parisiense, e, afirmar que, em buraco, quem vive é rato.
Lembrei-me de uma cena que me contaram, passada em Paris, com a Hermínia, a nossa cantora, quando foi pela primeira vez, gravar um CD na capital francesa…
Uma encarregada de produção ficou de acompanha-la até o estúdio de gravação, foi busca-la no hotel, a hora combinada…
Hermínia deslumbrada com o movimento infernal da cidade, olha atónita para todos os lados, parar nos semáforos sempre agarrada a acompanhante, faz comentários sobre o modo de vida dos parisienses trocando palavras com a senhora, que fala português…
Na boca do metro, começam a descer para o subterrâneo, Hermínia dá um grito!... A acompanhante assustada pergunta a cantora se está sentindo mal…Hermínia apavorada, responde: Debaixo do chão não entro nem pau! Ali, é para mortos e ratos… naquela coisa ali, nunca!!!!!!
Tiveram que atravessar Paris num Táxi, que custou um balúrdio.
Imagino aqueles indivíduos que vivem em cidades gigantes como São Paulo ou Nova Iorque, que, de segunda a sexta vive hipnotizado, pelo seu relógio despertador…
Que vive a dois passos da boca do metro que numa balbúrdia infernal tem que por na fila para comprar o bilhete todas as manhãs, que desce na paragem, o mais perto possível do seu trabalho, que trabalha numa cave escura, e, ao meio dia, como não tem tempo para regressar a casa, come num quiosque a horrorosa comida Junk… À noite, regressa a casa, para dormir.
Sábado tem direito a dormir mais um bocado, curtir a ressaca depois de ter enchido a cara na sexta a noite… exorcizar o seu trabalho de toupeira, cinco dias na semana… Sábado levanta, vai a escuridão de um cinema curtir um filme porno, engata uma puta ou um gajo; no domingo, fica em casa vendo televisão, olhando com raiva para o relógio despertador, na cabeceira da cama…
Estes pobres indivíduos, vivem anos sem fim no mesmo prédio, nunca convivem com os seus vizinhos… esquecem por completo, que a natureza existe, que ela é, a balança do nosso equilíbrio, mental e espiritual…
Compreendo perfeitamente a nossa Hermínia que sempre viveu aqui na ilha numa bela casa numa colina, entre as acácias do golfe de São Vicente… vê monte Cara todos os dias, a baía do Porto Grande, Santo Antão do outro lado… e, à noite, as estrelas brilhando no céu…
É legítimo ela recusar, entrar num sombrio metro parisiense, e, afirmar que, em buraco, quem vive é rato.
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