31 de ago. de 2009

POESIA AOS POETAS E AS NOSSAS MUSAS

pintura de: Henri Matisse
Foi com um lápis-lazúli igual aos teus olhos
Que escrevi os primeiros hieróglifos
Num templo redondo iluminado de estrelas

Desenhei o voar dos pássaros, barcos e oceanos,
E a musica eterna, companheira nas navegações do peito

Inventei a palavra para dizer amor

Altares a deuses que não simetrizam a pequenez
Dos homens perdidos neste imenso mar de galáxias.

O vento e as vagas, ninados pela força invisível dos átomos,
A terra na sua perpetua circundação flutuante…

Oh! Poetas!...

Festejemos com alegria a chegada dos recém-nascidos
Com vinhos que embelezam os nossos pensamentos leves,

Poesia simples na contemplação deste universo sem fim
Ilha do nosso peito, forte como um mar de beijos.

Enviai cartas de luz em papel fino de arroz as vossas
Mulheres leves; estas borboletas dos nossos dias
Que habitam a nocturna dança dos nossos desejos

Tchalê




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