17 de ago. de 2009

Poema

Quantos anos passaram contigo em beleza;Lembrança de uvas que eram teus seios primaveris,Minha boca sedosa lambendo o vinho que fluía em teuCorpo, e a tremenda distancia entre aquele dia e hoje...Recebi teu corpo como explorador da tua inocência,Saboreei a fragrância na virgindade marítima das tuas coxas...Agua natural, dialogo especulador da nossa glória efémera, Cidade em chamas, duas tochas eram nossos corpos que,
Impecavelmente, Amantes diurnos e nocturnos, Extasiados, transportavam pelas alamedas do amor. Sentamos vendo a morte dos outros passando, Viajamos com o firmamento oferecendo desejos e, Observando as estrelas cadentes, silenciosamente imploramos Ao nosso âmago, a eternidade. Com linhas, semicírculos e curvas, As roseiras do nosso solar, brotavam as primeiras espinhas. Todo no Mundo a nada pertence, ou pertencerá! Temporal é a pedra que vai ao topo da montanha E, indiscriminadamente, rola de novo aos nossos pés.
Assim explicara o sábio: Haverá um dia, em que o vento virá, para dilacerar Os vossos corações... e, naturalmente, cada um de vós, seguirá o seu caminho;
O caminho que Cada um, livremente escolheu...A solidão e a morte, só a nós pertencem.
II
Veio a gravidez e o parto... O florir de uma nova vida. A chuva e o cheiro a terra molhada, Lembrou-me nostalgicamente a nossa paixão perdida...Os primeiros passos, o baptismo para quem crê Na salvação da alma, festejos com vinhos e Licores, degustados por oráculos, que auguraram ser, a redenção da humanidade.Com a mutação dos dias e dos anos, veio o carpir sobre a toalha esquecida no chão, o cheiro a sexo em serie, que não dá prazer, a melancolia de duas pedras deitadas na cama, e uma boa noite, mais triste do que o mundo: Quem vive com a pessoa que não ama, vive com a pessoa que bem merece...Um campo de minas, fragmentação do tempo, a intolerância, e um barco afundando entre as duas distantes ilhas, que somos nós.
Fim de um amor...





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