14 de mai. de 2009

CINCO CURTOS POEMAS DE VASCO MARTINS


Calma confissão

I

Um dia de mil horas
Voa o pardal no azul
Sem bicar o arroz

II

Chegou o tempo dos jogos florais
Das peregrinações poéticas
Dos mandalas desenhados com o espírito

III

Todavia nas palavras um sem fim de nada silêncio do Rio do Céu

IV

Assim sou um pintor celeste traço com a cana da bambu linhas
Invisíveis que seguem as nuvens

V

Quando Sirius cai para Oeste sento-me ao piano improviso durante
A eternidade transcendente da música eis o caminho

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