29 de mar. de 2009

Fim de um amor






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Quantos anos passaram contigo em beleza;Lembrança de uvas que eram teus seios primaveris,Minha boca sedosa lambendo o vinho que fluía em teuCorpo, e a tremenda distancia entre aquele dia e hoje...Recebi teu corpo como explorador da tua inocência,Saboreei a fragrância na virgindade marítima das tuas coxas...Agua natural, dialogo especulador da nossa glória efémera. Cidade em chamas, duas tochas eram nossos corpos que,
Impecavelmente, amantes diurnos e nocturnos extasiados, transportavam pelas alamedas do amor. Sentamos vendo a morte dos outros passando, viajamos com o firmamento oferecendo desejos e, observando as estrelas cadentes, silenciosamente imploramos ao nosso âmago, a eternidade. Com linhas, semicírculos e curvas, as roseiras do nosso solar, brotavam as primeiras espinhas. Tudo no Mundo, a nada pertence, ou pertencerá.Temporal é a pedra que vai ao topo da montanha e, indiscriminadamente, rola de novo aos nossos pés.
Assim explicava o sábio... Haverá um dia em que o vento virá, para dilacerar os vossos corações, e, naturalmente, cada um de vós, seguirá o seu caminho;
O caminho que cada um, livremente escolheu...A solidão e a morte, só a nós pertencem... Veio a gravidez e o parto,O florir de uma nova vida.A chuva e o cheiro a terra molhada, lembrou-me nostalgicamente a nossa paixão perdida. Os primeiros passos, o baptismo para quem crê na salvação da alma, e festejos com vinhos e licores degustados por oráculos doces, que auguraram ser, a salvação da humanidade.Com a mutação dos dias e dos anos, veio o carpir sobre a toalha esquecida no chão, o cheiro a sexo em serie que não da prazer,A melancolia de duas pedras deitadas na cama, uma boa noite, mais triste do que o mundo. Quem vive com a pessoa que não ama, vive com a pessoa que bem merece!!!... Um campo de minas,fragmentação do tempo, a intolerância, e um barco afundando entre as duas distantes ilhas que somos nós. Fim de um amor...





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